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Onde eu nasci passa um rio

FFAC Galeria

Exposição individual

Curadoria: Fabiano Fernandes

Porto, Portugal

Abertura: 13 de março de 2024

As obras presentes na galeria são registos recolhidos por imagens e observações da região amazônica, em pinturas criadas na cidade do Porto ou que estiveram em circulação na Europa, e que são reunidas nesse encontro na galeria. São trabalhos que abordam o mesmo tema em diferentes anos, de 2022 a 2024, que são marcados pela quantidade de pigmento em óleo, extrapolando a sua relação nas cenas cotidianas presentes em alguns tempos, ou presentificadas nas relações de captura de sua pesquisa.
 

Rafael Prado chama-nos a atenção para a personificação dos habitantes da floresta através de suas realidades. As circunstâncias hostis vivenciadas na região, fruto da resistência e engajamento de pessoas empenhadas na valorização de povos originários e ribeirinhos, os quais foram transformados em semente a partir de afirmativos posicionamentos como protetores da floresta.
Assim, as obras olham para nós, convocando-nos às suas autoridades e restabelecendo a sua composição pelos olhares que nos convocam: Adelino Ramos, Cacique Maroaga, Chico Mendes e Maxciel Pereira dos Santos.

 

Porto Velho - Rondônia, sua cidade natal, está presente nesse reconhecimento de histórias como resgate e aproximação de sua memória. Onde eu nasci passa um rio - título da exposição, faz relação desses reconhecimentos de rios, onde o rio Madeira, de sua região, é artéria do norte do Brasil, como principal afluente do Rio Amazonas.
 

"Onde eu nasci passa um rio Que passa igual, sem fim...
Igual, sem fim minha terra
Passava dentro de mim..."

 

Caetano Veloso
 

Sendo o Porto cidade do norte, suas histórias revelam a condição de se ver por aqui a um recorte específico de rio de sua passagem que deságua no mar.
 

A observação do natural em Porto Velho, e o reconhecimento das obras, exemplificam as cores vibrantes à temperatura da cidade em relação de intensas camadas pelas suas obras. Um estandarte marca o popular, presente como força cultural local, sendo um marco dessa relação. O indivíduo recorta e problematiza esse habitar Porto, revelando-se na experiência desse olhar reivindicado pelo social, através da pintura e de seus encantamentos.
 

Fabiano Fernandes

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